RUMOS INDESEJÁVEIS
Maria
Lucia Victor Barbosa
25/07/2014
O governo petista de Lula da Silva que
não entregará facilmente as delícias do poder está sempre pronto a demonstrar o
descalabro de sua política internacional. No momento assiste-se ao
aprofundamento da bananificação do Brasil, cada vez mais convertido em
republiqueta de Terceiro Mundo com as conhecidas marcas esquerdistas e
consequente atrelamento ao que há de pior no exterior.
Isto
ficou evidente no recente encontro dos Brics, em Fortaleza, quando o governo
petista sagrou-se de novo campeão de tiro no pé ou pela culatra, ao perder a
presidência para a Índia do Novo Banco de Desenvolvimento criado pelo grupo. A China
não abriu mão da sede da entidade ficar em Xangai e postos menos relevantes
foram distribuídos ao Brasil, Rússia e África do Sul. Foi criado também o
Arranjo Contingente de Reservas, uma espécie de FMI de segunda categoria para
dar ajuda aos componentes do bloco. Tudo para funcionar nas calendas gregas.
Negócios
da China foram feitos com a China pela governanta, mas, impressionante mesmo
foram as conquistas do presidente Russo, Vladimir Putin. Alvo de sanções
econômicas dos Estados Unidos e da União Europeia devido à anexação da Criméia,
Putin recebeu apoio dos BRICS e adentrou-se com mais força na América Latina.
No Brasil, para usar de ironia, ele poderá anexar, por exemplo, o nordeste e
instalar nas paradisíacas e quentes praias nordestinas confortáveis dachas a
serem usufruídas pelos camaradas da elite branca russa. Algo muito melhor do
que a gelada Sibéria.
Putin,
o expansionista não brinca em serviço, além de usar a cúpula dos Brics para
reduzir seu isolamento internacional aproximou-se da União das Nações Sul-Americanas
(Unasul), criada pelo falecido Chávez e propôs integrá-la à União Econômica
Euroasiática que inclui, além da Rússia, países de sua influência como o
Casaquistão e a Bielo-Rússia. Ele defendeu muitas outras ideias, como o aumento
do peso político dos BRICS através de fóruns como contraponto a ONU, às
políticas norte-americanas e de seus aliados. Putin assinou vários acordos com
a governanta e foi embora satisfeito com seu êxito.
Enquanto
isso, a Guine Equatorial deve ser integrada à Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), apoiada pelo Brasil. O país africano é governado pelo
ditador Teodoro Obiang, alvo de várias denúncias de violação de direitos
humanos, tortura e censura. Isto, aliás, não é novidade, pois o Brasil tem se
posicionado há quase 12 anos a favor dos piores ditadores.
A
última do governo brasileiro foi continuar contra Israel e a favor do grupo
terrorista e radical islâmico, Hamas. Não foram levados em conta os mais de 2.000
foguetes lançados diariamente sobre Israel, os túneis cavados em Gaza e que vão
dar em escolas e hospitais israelenses, a não aceitação do Hamas em fazer uma
trégua. É como se o governo petista achasse que, se alguém entrasse numa casa
armado com uma faca para ferir mortalmente o morador armado com um revólver esse
dissesse: “Por favor, me mate, pois não vou me defender”.
O
governo Rousseff mandou o Itamaraty chamar o embaixador brasileiro em Tel Aviv,
assim como puxou as orelhas do representante israelense em Brasília, pois
considerou o uso desproporcional da força por Israel. Isto nunca foi feito com
relação á Cuba, Venezuela, Bolívia ou mesmo Coreia do Norte onde Lula abriu uma
embaixada. Sobre a Criméia nem uma palavra e todo apoio ao camarada Putin. De
fato o Brasil atestas nanismo diplomático.
Marco
Aurélio Garcia disse que o ataque a Israel é um genocídio contra os palestinos.
Vejamos nossos dados que certamente o assessor da Internacional da Presidência
desconhece:
Segundo
matéria de Gil Alessi, (UOL, São Paulo, 27/05/2014), “conforme dados de 2012,
neste ano nossa taxa de homicídio alcançou o patamar mais elevado, com 29 casos
por 100 mil habitantes”. “O índice considerado ‘não epidêmico’ pela Organização
Mundial da Saúde é de 10 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes”.
“Em
2012 foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980”. “O total supera o de
vítimas no confronto da Chechênia que durou de 1994 a 1996”.
Sem
dúvida, é melhor o governo brasileiro se preocupar com essa situação do que
meter o nariz onde não deve, pois não tem moral para isso.
Recorde-se
que Israel, um pequeno país que brotou do deserto é hoje um dos mais
desenvolvidos do mundo. De lá saem praticamente todos os Prêmios Nobel e o
conjunto de invenções que fazem avançar a ciência, a tecnologia e a medicina
para o bem da humanidade. Quanto a nós, realmente, somos muito pequenos diante
disso.
Estes
são alguns de nossos indesejáveis rumos internacionais, orquestrados pelo PT. Outros
péssimos caminhos, inclusive, internos ficam para um próximo artigo.
Maria
Lucia Victor Barbosa é socióloga.
Apesar de concordar com algumas de suas asserções, não obstante, perde-se valor e importância ao tentar justificar o que é injustificável: - O Estado de Israel sistematicamente tem violado os direitos humanos, cometendo atrocidades contra civis indefesos, perseguido e discriminado o povo palestino, promovendo terror e massacres covardes. O Estado de Israel em nada se diferencia com o que "diz haver vivido" nos anos do Nazismo. Assim sendo, não cabe palavra alguma para argumentar tamanha "desproporção" nas ações COVARDES e IRRESPONSÁVEIS por parte do Estado de Israel. Do outro lado, grupos milicias organizadas financiadas por interesses economicos de terceiros... Ingleses? Russos? CIA? Absolutamente nada justifica os abusos e atrocidades promovidas pelo Estado de Israel.
ResponderExcluirNa Nova Era, o Estado, no caso Israel, fica proibido de defender os seus cidadãos. Vi em um vídeo (http://www.heitordepaola.com/) o representante da ONU relatando o fato de que Israel está apenas exercendo a sua legitima defesa. Mas o relatório não foi considerado na pauta.
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